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Milhares de pessoas vãos às ruas de Paris contra reformas de Macron

Protesto organizado por movimento de extrema-esquerda acontece quase um ano após Macron chegar ao poder na França

Atualização:

Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Paris neste sábado, 5, para protestar contra as várias reformas econômicas propostas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, desde que chegou ao poder um ano atrás.

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Milhares protestamcontra reformas propostas por presidentefrancês Emmanuel Macron, que completa um ano no cargo Foto: AFP PHOTO / Olivier MORIN

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As autoridades mobilizaram 2 mil policiais para o evento depois que a violência e o saque intereferiram no protesto do Dia 1º de Maio na capital francesa no início desta semana. No comício em frente à famosa Ópera Garnier, em Paris, cartazes traziam a frase "Pare Macron!". Manifestantes também marcharam pelos bairros cheios de turistas em direção à praça da Bastilha, no leste de Paris.

A atmosfera festiva ocorre após um tenso feriado de 1º de Maio em Paris, quando centenas de anarquistas mascarados e encapuzados incendiaram carros e atiraram pedras contra a polícia, na terça-feira, em uma manifestação convocada por sindicatos.

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Os organizadores da marcha deste sábado são o partido de extrema-esquerda Defiant France. Os manifestantes são contrários às reformas lideradas por Macron, um ex-banqueiro de investimentos, como cortar algumas proteções de trabalhadores e aumentar os poderes da polícia.

"Este regime é um regime autoritário. Estamos numa ditadura branda e temos preocupações com garantias de liberdades individuais e com a garantia de direitos fundamentais", disse a juíza Roselyne Gonle-Luillier.

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Macron conquistou a Presidência com uma onda de desilusão nos partidos tradicionais da França, derrotando a extremadireita Marine Le Pen no segundo turno. Mas muitos eleitores estão descontentes e temem que ele desmantele o modo de vida francês.

"O que queremos especificamente é resistir, mostrar a ele nossa raiva, mostrar a ele que há alguns franceses que não votaram nele, não concordam com o que ele está tentando fazer", disse Sylvie Brissonneau, que em breve se aposenta. Uma das reformas de Macron é aumentar os impostos para os aposentados.

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