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ONU cobra investigação independente sobre morte de capitão venezuelano preso

Acusado de planejar um golpe contra Maduro, Rafael Acosta Arévalo foi detido no dia 21 por indivíduos armados não identificados

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Por Redação
Atualização:

GENEBRA - As autoridades venezuelanas devem conduzir uma investigação independente e transparente sobre a morte sob custódia do capitão da Marinha, disse na última segunda-feira, 1, a chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas, Michelle Bachelet.

Arévalo foi detido no dia 21 de junho por funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar Foto: Reprodução/Twitter/@jguaido

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“Exorto as autoridades a realizarem uma investigação profunda —incluindo uma autópsia que atenda aos padrões internacionais—, que seja independente e transparente. Isso é essencial para esclarecer não apenas o que aconteceu com ele, mas para facilitar a levar à Justiça aqueles responsáveis por sua morte”, disse Bachelet em um comunicado divulgado em Genebra.

A esposa de Rafael Acosta Arévalo, que morreu após ser detido por acusações de conspiração, disse que a ONU deveria investigar a causa da morte do capitão, em meio a acusações generalizadas de que o homem foi torturado até a morte.

Caso Rafael Acosta Arévalo

O capitão de corveta Rafael Acosta Arévalo foi detido no dia 21 por indivíduos armados não identificados, antes de ser dado por desaparecido durante uma semana.

"Dado que sua família e seus advogados não foram informados sobre seu paradeiro, apesar das reiteradas solicitações, este caso pode constituir um desaparecimento forçado, proibido pelo direito internacional", divulgou o gabinete de Bachelet.

Na última sexta-feira, 28, o capitão foi levado a um tribunal militar, junto com outros quatro oficiais e dois ex-agentes de segurança, acusados de conspirar para assassinar o presidente Nicolás Maduro

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Segundo o advogado de Arévalo, ele foi levado ao juiz "numa cadeira de rodas", era incapaz de falar e mostrava sinais de tortura. O juiz o enviou a um hospital militar, onde morreu nas primeiras horas do sábado, 29. "Apesar das várias solicitações, nem a família e nem o advogado tiveram acesso ao corpo", acrescentou o gabinete de Bachelet. / AFP e Reuters

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