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Venezuela prende seis diretores da filial da PDVSA nos EUA

Diretoria da Citgo é acusada de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa

Atualização:

CARACAS - Autoridades da Venezuela detiveram, nesta terça-feira, 21, por suspeita de corrupção, o presidente e cinco vice-presidentes da Citgo, a filial nos Estados Unidos da petroleira PDVSA, recentemente declarada em moratória por um grupo de credores. 

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Eles são acusados de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, segundo o procurador-geral, Tarek William Saab. O presidente da Citgo, Jose Ángel Pereira, foi detido em Caracas. Já o local da prisão de Tomeo Badel, Alirio Zambrano, Jorge Toledo, Gustavo Cárdenas e José Luis Zambrano, vice-presidentes de diferentes áreas da Citgo, não foi anunciado.

“Esses funcionários apareciam como elementos facilitadores para a estratégia de pressão internacional, talvez a serviço de uma potência estrangeira contra o país, porque há de existir uma visão anti-venezuelana para colocar em risco nossa principal filial estatal", afirmou Saab.

A Citgo, filial da petroleira venezuelana PDVSA em Houston, nos Estados Unidos Foto: REUTERS/Eduardo Munoz

As prisões acontecem em um momento em que a Venezuela passa por uma complicada situação com relação ao pagamento de sua dívida soberana e da PDVSA, que fornece 96% das divisas do país.

Na semana passada, a PDVSA foi declarada em moratória pela Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA), que reúne detentores de bônus, depois que as agências S&P Global Ratings e Fitch qualificaram essa empresa e o país em incumprimento parcial.

Os títulos da companhia representam 30% da dívida externa venezuelana, estimada em US$ 150 bilhões, que o presidente Nicolás Maduro quer refinanciar, embora os especialistas considerem que será difícil pelas sanções impostas pelos Estados Unidos.

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A Citgo e outros ativos da PDVSA poderiam ser embargados como parte de um processo de litígios, os quais iriam expor se a Venezuela cumpre ou não com suas obrigações da dívida, segundo o Eurasia Group e outros centros de análise. /AFP

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