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Austrália convoca 3 mil reservistas para ajudar no combate contra incêndios

Decisão foi tomada pelo primeiro-ministro Scott Morisson, após população do país questionar sua postura no combate às chamas

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Por Redação
Atualização:

A Austrália convocou 3 mil reservistas das Forças Armadas para combater os incêndios florestais que devastam o país, anunciou neste sábado, 4, o primeiro-ministro Scott Morrison. Enquanto isso, mais de 100 mil pessoas já receberam ordens para evacuar suas casas.

Nuvens de fumaça continuam pintando os céus de vermelho no país. Foto: Dean Lewins/ EFE

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"Esta decisão permite ter mais homens no terreno, mais aviões no ar e mais barcos no mar", declarou Morrison, criticado pelo modo como administrou a crise dos incêndios em seu início, em setembro. Milhares de pessoas foram retiradas de suas casas neste sábado no sudeste do país, diante da perspectiva do agravamento das condições meteorológicas e do avanço dos incêndios florestais.

O estado de emergência foi declarado no sudeste do país, a região mais populosa, onde mais de 100 mil pessoas receberam ordens de evacuação, em três estados. "Hoje trata-se de salvar vidas", disse a primeira-ministra de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian.

"Literalmente, vimos sair dezenas de milhares de pessoas", contou o chefe dos bombeiros do estado de Nova Gales do Sul, Shane Fitzsimmons. Os turistas e habitantes do sudeste se lançaram às estradas que ligam as cidades costeiras a Sidney e outras localidades importantes, gerando grandes engarrafamentos.

Este sábado promete ser um dia "longo" e difícil, avaliou Fitzsimmons. São esperadas temperaturas acima dos 40° e fortes ventos, que poderão avivar centenas de incêndios florestais, a maioria fora de controle. 

As condições meteorológicas serão neste sábado "idênticas ou até piores que as registradas no Natal", advertiu Jonathan How, do serviço meteorológico australiano. "Os ventos do oeste - fortes e secos - avivarão os incêndios atuais, ameaçando populações que já sofreram uma devastação generalizada".

Desde o início da temporada de incêndios, em setembro, ao menos 20 pessoas morreram, dezenas estão desaparecidas e mais de 1.300 casas foram destruídas./ AFP

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