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Deputado conservador pede ao partido moção contra Boris Johnson

Inquérito indicou falhas graves de conduta e desrespeito aos padrões éticos que se esperam de membros do governo em razão das festas realizadas em Downing Street durante confinamento por causa da pandemia

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - Um veterano deputado disse nesta terça-feira, 1º, que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson deveria renunciar e anunciou no Twitter que enviou a seu Partido Conservador uma carta pedindo uma moção de desconfiança contra o premiê.

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O pedido foi anunciado enquanto o líder britânico se esforçava para acalmar sua legenda, depois de um inquérito divulgado na segunda-feira indicar falhas graves de conduta e desrespeito aos padrões éticos que se esperam de membros do governo em razão das festas realizadas em Downing Street durante confinamento por causa da pandemia.

Johnson conversou com dezenas de deputados conservadores a portas fechadas na noite de segunda-feira, assegurando-lhes que levava as críticas a sério e prometendo controlar melhor seus funcionários. 

Outdoor eletrônico exibe uma previsão para a saída do premiê britânico, Boris Johnson, em Londres, em 28 de janeiro de 2022 Foto: Toby Melville/Reuters

Peter Aldous, membro do Parlamento de Waveney, leste da Inglaterra, disse que depois de muita reflexão, chegou à conclusão de que o primeiro-ministro deveria renunciar. “Eu nunca tomei tal ação antes e esperava não ser colocado em uma posição tão ofensiva. Embora eu esteja ciente de que outros discordarão de mim, acredito que isso é do melhor interesse do país, o governo e o Partido Conservador.”

Para abrir uma moção de desconfiança, 54 dos 359 parlamentares conservadores devem enviar cartas fazendo a solicitação. 

Boris Johnson pediu desculpas no Parlamento britânico, mas insistiu que ele e seu governo podem ser confiáveis. Ele disse aos legisladores na Câmara dos Comuns que faria mudanças na forma como o governo é administrado após o escândalo. “Eu entendi e vou consertar”, disse.

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