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Juan Guaidó chama de 'montagem' acusação de conspiração e terrorismo contra colaborador

Roland Carreño, coordenador operacional do partido político do líder opositor, foi preso esta semana acusado de atuar como 'operador financeiro' de 'planos conspiratórios e terroristas'

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O líder opositor venezuelano Juan Guaidó qualificou nesta sexta-feira, 30, como "montagem" o caso judicial contra o jornalista Roland Carreño, coordenador operacional de seu partido político, contra quem foi determinada prisão preventiva por acusações de "conspiração" e "financiamento ao terrorismo".

O gabinete de Guaidó denunciou em um comunicado uma "montagem desprezível" contra Carreño, preso na última segunda-feira e apresentado ante um tribunal por casos de terrorismo na madrugada de quinta-feira. O texto nega que, como afirmam as autoridades e o governo de Nicolás Maduro, recursos de uma fundação da CITGO, subsidiária da estatal petrolífera PDVSA nos Estados Unidos, tenham sido desviados para partidos da oposição.

Juan Guaidó, líder opositor na Venezuela, fala a apoiadores em Caracas; ele não conseguiu unir a oposição do país Foto: Serviço de Fotografia de Juan Guaidó via AFP

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Washington entregou o controle da empresa ao líder parlamentar, a quem reconhece como o presidente da Venezuela, além de cinquenta outros países. "São organizações que se encontram submetidas aos mais altos padrões de controladoria" por parte da estrutura de Guaidó e das autoridades americanas, indica.

Na quinta-feira, em nota, o Supremo Tribunal de Justiça disse que Carreño, como coordenador operacional do partido Vontade Popular, havia atuado como "operador financeiro" de "planos conspiratórios e terroristas". Ao acusado, um conhecido ex-apresentador de televisão, também se imputa um delito de "tráfico ilícito de armas de guerra".

As autoridades garantem que confiscaram de Carreño um fusil de guerra e US$ 12 mil em dinheiro. Em um vídeo divulgado nesta sexta-feira pelo líder chavista Jorge Rodríguez, Carreño diz que, preso, recebeu recursos da Fundação Simón Bolívar, do CITGO. "Ele foi forçado a gravar uma falsa confissão" com "coerção e ameaça", disse o gabinete de Guaidó. A fundação rejeitou as acusações em um comunicado, dizendo que são "completamente falsas". /AFP

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