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Legisladores dos EUA pedem divulgação de relatório secreto sobre morte de Jamal Khashoggi

Deputados acusam Trump de bloquear transmissão do documento para proteger reino árabe; jornalista foi assassinado e esquartejado em Consulado

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Os legisladores americanos prometeram nesta terça-feira, 3, forçar a publicação de um relatório de inteligência sobre o assassinato do jornalista dissidente saudita Jamal Khashoggi, acusando o presidente Donald Trump de bloquear sua transmissão para proteger o reino árabe. 

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"Acho que o que eles realmente temem (no governo), está extremamente claro: eles têm medo de envergonhar alguém que tenha um relacionamento pessoal próximo com o presidente Trump e o governo Trump", disse Tom Malinowski, que liderou o relatório, à imprensa. 

No ano passado, o Congresso determinou que o diretor de inteligência nacional desse o nome específico de quem havia ordenado o assassinato em outubro de 2018 de Jamal Khashoggi, um morador dos EUA que havia criticado o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, em artigos no The Washington Post.

O jornalista dissidente Jamal Khasoggi foi assassinado dentro do Consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia Foto: Sarah Silbiger/Reuters

Mas o chefe da Inteligência disse que as informações devem permanecer sob sigilo para não prejudicar a segurança nacional. 

"O governo nem tentou defender com argumentos que isso causaria tal dano", disse Malinowski.

Ele estava acompanhado da noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, que disse que um relatório não sigiloso poderia responder a "perguntas-chave", como quem ordenou seu assassinato e onde seus restos mortais foram despejados. 

"O primeiro passo para encontrar justiça para Jamal é saber a verdade", destacou. 

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Khashoggi foi atraído em outubro de 2018 para o consulado saudita em Istambul, onde, segundo autoridades turcas e americanas, agentes do reino o estrangularam até a morte e cortaram seu corpo com uma serra para se desfazer do cadáver. /AFP

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