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Procuradora-geral de Nova York processa polícia por repressão 'brutal' em protestos antirracistas

Letitia James quer monitor federal para supervisionar as táticas do departamento em futuras manifestações

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Por Redação
Atualização:

NOVA YORK - A procuradora-geral do Estado de Nova York processou o Departamento de Polícia da cidade de Nova York nesta quinta-feira, 14, pela forma como os policiais reprimiram os protestos contra a morte de George Floyd no ano passado.

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Democrata, Letitia James quer um monitor federal para supervisionar as táticas de policiamento em protestos futuros, e uma ordem judicial para declarar que as políticas e práticas usadas pelo departamento durante as manifestações do ano passado foram ilegais.

Uma investigação realizada pelo gabinete de Letitia descobriu que policiais espancaram manifestantes com cassetetes e bicicletas, usaram uma perigosa estratégia de contenção chamada "kettling" (uma forma de encurralamento dos manifestantes) e prenderam observadores legais e médicos. Letitia afirmou que as ações "resultaram em ferimentos significativos e violaram o direito básico das pessoas a um protesto pacífico".

A Procuradora-geral de Nova York, Letitia James Foto: Mandel Ngan/AFP

Dezenas de milhares de pessoas marcharam em Nova York em maio e junho do ano passado para protestar contra a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado por um policial branco em Minneapolis. 

O NYPD, como é conhecido o departamento de polícia da cidade, foi criticado por sua resposta desproporcional, com vários vídeos circulando nas redes sociais mostrando os policiais atacando manifestantes pacíficos e usando a controversa tática "kettling". 

A demanda, apresentada em Manhattan, também acusa o comissário Dermot Shea, o chefe do Departamento, Terence Monahan, e Bill de Blasio, que como prefeito é efetivamente comandante da polícia.

De Blasio defendeu a ação da polícia, ao mesmo tempo em que prometeu uma revisão dos supostos abusos e a aplicação de penas, se necessário. 

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Os saques ocorridos às margens dos protestos levaram o prefeito a impor um toque de recolher noturno durante uma semana. /AFP e NYT

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