Rússia denuncia 'ingerência' europeia após reconhecimento de Guaidó

Moscou diz que países que apoiaram líder opositor como presidente interino tentam 'legitimar a usurpação do poder' e defende que apenas os venezuelanos devem encontrar uma solução para seus problemas

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Por Redação
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MOSCOU - O Kremlin denunciou nesta segunda-feira, 4, o que considera como uma tentativa de interferência nos assuntos internos da Venezuela por parte de vários países europeus que reconheceram o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

"Percebemos as tentativas de legitimar a usurpação do poder como uma ingerência direta e indireta nos assuntos internos da Venezuela", disse à imprensa o porta-voz do governo da Rússia, Dimitri Peskov.

Pressionado no exterior, Maduro tem tornado mais frequente os eventos com militares Foto: Marcelo GARCIA / Venezuelan Presidency / AFP

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"Isso não favorece, em nenhum caso, uma solução pacífica, eficaz e viável para a crise que a Venezuela atravessa", afirmou Peskov, considerando que apenas os venezuelanos devem encontrar uma solução para seus problemas.

Vários países europeus, incluindo Espanha, França, Reúno Unido e Alemanha, anunciaram nesta segunda que reconhecem o presidente da Assembleia da Venezuela como presidente interino do país para que convoque rapidamente uma eleição presidencial.

Madri, Paris, Berlim, Londres, Lisboa e Amsterdã haviam dado um ultimato até o domingo para que o presidente Nicolás Maduro convocasse eleições. Caso contrário, reconheceriam Guaidó.

Em entrevista divulgada no domingo pelo canal espanhol La Sexta, Maduro rejeitou o ultimato e disse que não dará "o braço a torcer por covardia frente às pressões" dos que exigem sua saída. / AFP

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