
03 de agosto de 2019 | 02h38
COATZACOALCOS, MÉXICO - O jornalista Jorge Celestino Ruiz foi assassinado na noite desta sexta-feira, 2, no estado mexicano de Veracruz, segundo autoridades locais. É o terceiro repórter morto em menos de uma semana.
Ruiz era repórter do do jornal El Gráfica de Xalapa e foi baleado no município de Actopan, na região central do estado. "Foi um ataque de armas direto contra ele", disse o prefeito da cidade, Paulino Dominguez.
Uma fonte policial que pediu anonimato disse que a casa e o carro de Ruiz foram atacados com tiros em outubro do ano passado. O comunicador chegou a apresentar uma queixa para que o episódio fosse investigado. Segundo a fonte, a finalidade era intimidar o repórter. As razões ou autores dos ataques ainda não foram revelados.
Colegas da área disseram que, depois da queixa, Ruiz esperava que o governo de Veracruz providenciasse medidas de proteção a ele. O jornalista evitava assinar seus artigos para manter evitar riscos.
Até quinta-feira, 1.º, organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) contabilizou o assassinato de oito jornalistas apenas este ano. O presidente do México, Andrés López Obrador, prometeu durante sua campanha exercer uma política mais efetiva de proteção à imprensa.
Em maio, houve uma média de dois ataques a jornalistas por dia, a maioria deles cibernéticos e supostamente atribuíveis a funcionários e ao crime organizado, disse o delegado da RSF. Cem jornalistas foram mortos no México desde 2000. O México se classifica em 2019 como o "país mais mortífero do mundo para a imprensa", segundo a RSF.
Desde 2000, 100 jornalistas foram mortos no México. O México se classifica em 2019 como o "país mais mortífero do mundo para a imprensa", segundo a RSF. / AFP
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