Trump e Putin emitem rara declaração conjunta promovendo cooperação

Documento conjunto marcou o aniversário de 25 de abril de 1945, quando tropas americanas e soviéticas derrotaram a Alemanha nazista, e chega em meio a desgastes entre os dois países

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Por Redação
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WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, emitiram uma rara declaração conjunta neste sábado, 25, comemorando a aliança na Segunda Guerra Mundial, quando tropas americanas e soviéticas derrotaram a Alemanha nazista como um exemplo de como seus países podem cooperar.

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A declaração de Trump e Putin ocorre em meio a desgastes entre EUA e Rússia sobre uma série de questões, do controle de armas à intervenção dos russos na Ucrânia e na Síria. Os EUA acusam ainda a Rússia de espalhar desinformação sobre a pandemia do novo coronavírus e de ter interferido em campanhas eleitorais americanas. 

O The Wall Street Journal informou que a decisão de emitir a declaração provocou um debate dentro do governo Trump, com alguns funcionários preocupados com a possibilidade de prejudicar as mensagens que os EUA têm enviado para Moscou.

Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Donald Trump, dos Estados Unidos, em encontro do G20 em Osaka, no Japão Foto: Mikhail Klimentyev/Krelim via Reuters

O documento conjunto marcou o aniversário de 25 de abril de 1945, quando, em uma ponte do rio Elba, na Alemanha, soldados soviéticos avançavam do leste e tropas americanas vinham do oeste para uma ação conjunta. 

"A data foi a derrota decisiva do regime nazista", diz a declaração. "O 'Espírito do Elba' é um exemplo de como nossos países podem deixar de lado as diferenças, criar confiança e cooperar na busca de uma causa maior". 

The Wall Street Journal informou ainda que a última declaração conjunta sobre a data foi emitida em 2010, quando o governo Obama buscava melhores relações com Moscou.

Trump esperava viajar para Moscou para marcar o aniversário. Ele foi elogiado por Putin, promoveu a cooperação com Moscou e disse acreditar nas negações do líder russo de interferência nas eleições presidenciais de 2016. 

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Autoridades da administração e parlamentares, ao contrário, têm sido críticos à Rússia, com as quais a relação está em um dos seus pontos mais baixos desde o fim da Guerra Fria. 

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