Os 25 drones armados e mísseis de cruzeiro empregados no ataque contra o complexo saudita de Abqaq eram os sobreviventes de uma frota ainda maior, com talvez 40 vetores – apenas uma parte foi detida pela cara, sofisticada e, como se viu, apenas relativamente eficiente artilharia antiaérea.
Segundo o coronel Turki al-Malik, porta-voz do Ministério da Defesa, em Riad, os fragmentos coletados pelos peritos confirmam que o material vem do Irã. Nenhuma novidade nisso. Teerã apoia os rebeldes houthis na guerra civil do Iêmen. O regime do presidente Abd Rabbuh Mansur al-Hadi tem apoio saudita.
O modelo mais usado no ataque é uma versão com três configurações do Saegheh. Pouco se sabe a respeito de suas especificações. Analistas ocidentais acreditam que possam levar cerca de 300 kg de carga incendiária ou de explosivo por distâncias de até 2 mil km desde o ponto de decolagem, voando a altitudes muito baixas (60 metros) na reta final de lançamento e muito altas (18 mil metros), na fase de deslocamento.
No pedaço da carcaça de um desses drones, exibido ontem por Malik, havia a inscrição de uma das 123 exortações fundamentalistas do imã Ali Talib, inspirador religioso dos houthis. A rede antiaérea da Arábia Saudita é rica.
Segue o conceito dos círculos concêntricos de defesa – mísseis de longo alcance, barragem de média distância, artilharia rápida e mísseis de curto alcance. Há ainda esquadrões de caças F-15, dos EUA, e Typhoon, europeus, preparados para missões de interceptação.