Petroleiro que colidiu com navio de carga na China pode explodir, segundo autoridades
Trabalhos de busca pelos 31 desaparecidos prosseguem em meio a dificuldades, já que há risco de que o gás tóxico do incêndio possa prejudicar a saúde das pessoas na região
O Ministério de Transporte chinês informou que há riscos de que o navio iraniano, registrado no Panamá, exploda ou afunde, e ressaltou ainda que os trabalhos de resgate estão sendo extremamente delicados em razão do fato de que o gás tóxico do incêndio pode prejudicar a saúde das pessoas que estão na região.
Treze embarcações de resgate estão operando no local do acidente para buscar os desaparecidos em uma superfície de 900 milhas náuticas quadradas. Além disso, as condições meteorológicas são complicadas em razão da chuva persistente na área e dos ventos fortes que estão provocando ondas de até quatro metros de altura.
O navio continua em chamas três dias depois do acidente com um cargueiro de Hong Kong, no sábado, em sua passagem pela cidade chinesa de Xangai. Para evitar danos maiores, foi estabelecido um perímetro de segurança de 37 km pelo qual não podem circular barcos.
Inicialmente havia 32 tripulantes desaparecidos - 30 iranianos e 2 bengaleses -, mas na manhã de segunda-feira foi resgatado o corpo sem vida de uma pessoa. O governo chinês confirmou também que houve um vazamento de petróleo no mar, mas não especificou a extensão da área contaminada. Já o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, assegurou que continuam os trabalhos para limpar os resíduos. Autoridades seguem investigando as causas do acidente.
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"Com o navio em chamas, a maioria desses condensados deve se consumir e não vazar na água", avaliou a organização Greenpeace em um comunicado. "Mas se ele tombar antes que os hidrocarbonetos sejam totalmente consumidos, as operações de limpeza serão extremamente complicadas."
Se toda a carga do petroleiro for descarregada no mar, "é muito provável que destrua toda a vida marinha em uma vasta área", indicou Wei Xianghua, cientista ambiental da Universidade Tsinghua, em Pequim. Mesmo no melhor dos casos, um retorno à normalidade levará muito tempo, de acordo com Wei. / EFE e AFP