Shinzo Abe enfrenta novo escândalo e descontentamento da população aumenta

Desta vez, o premiê japonês é acusado de influenciar as decisões do governo a favor de um amigo na criação de uma nova faculdade de veterinária; popularidade do líder caiu nas últimas semanas e chegou a 31%

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Atualização:

TÓQUIO - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enfrenta um novo escândalo de favorecimento e lida com o descontentamento crescente da opinião pública.

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A popularidade de Shinzo Abe caiu nas últimas semanas e chegou a apenas 31%, segundo uma pesquisa publicada pelo jornalAsahi Foto: AFP PHOTO / Behrouz MEHRI

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Já enfraquecido por acusações sobre uma operação imobiliária que ressurgiram em março, Abe enfrenta agora a suspeita de que influenciou as decisões do governo a favor de um amigo na criação de uma nova faculdade de veterinária. Um documento oficial de 2015 circulou esta semana e descreve o estabelecimento como um "caso que diz respeito ao primeiro-ministro".

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A popularidade de Shinzo Abe caiu nas últimas semanas e chegou a apenas 31%, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Asahi. Outra consulta, da agência Kyodo, mostra uma redução de 5,4 pontos porcentuais (37%), um dos piores índices desde que o primeiro-ministro voltou ao poder em 2012.

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No sábado, milhares de manifestantes se reuniram diante do Parlamento e pediram a renúncia do premiê, uma manifestação pouco comum no Japão.

No sábado, milhares de manifestantes se reuniram diante do Parlamento e pediram a renúncia de Shinzo Abe Foto: EFE/EPA/KIMIMASA MAYAMA

O outro escândalo envolve um lote que teria sido vendido por 10% do valor de mercado em 2016 ao administrador de uma creche nacionalista. Uma escola do ensino básico deveria ser construída no local e o diretor do estabelecimento decidiu transformar a mulher de Abe em diretora honorária. O caso retornou às manchetes depois da revelação de que o Ministério da Defesa falsificou os documentos relacionados à operação.

Shinzo Abe nega qualquer envolvimento nos dois casos, mas esses problemas colocam em dúvida suas possibilidades de vencer a eleição para a liderança de seu partido, prevista para setembro. / AFP

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