PUBLICIDADE

Trump propõe controle de armas mais rígido nos Estados Unidos

Presidente americano sugere verificações de antecedentes mais duras, mas condiciona medida a reforma migratória considerada urgente por ele

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta segunda-feira, 5, que republicanos e democratas trabalhem conjuntamente no endurecimento do controle de armas de fogo, mas vinculou essa iniciativa a uma reforma migratória.

"Os republicanos e os democratas devem se unir e aprovar verificações de antecedentes mais rígidas, talvez atrelando essa legislação com a reforma migratória tão necessária (para os EUA)", escreveu o republicano. "Devemos tirar algo de bom, se não excelente, desses dois eventos trágicos."

PUBLICIDADE

Em maio, durante um ato político na Flórida, o presidente - que em várias ocasiões se referiu aos imigrantes como "invasores que infestam" o país - perguntou à multidão o que poderia ser feito para deter o fluxo de imigrantes sem documentos.

Alguém na plateia gritou: "atirar contra eles" e o presidente, com um sorriso no rosto, afirmou que "só na Flórida alguém poderia falar uma coisa dessas".

Trump propôs endurecer a verificação de antecedentes para vender arma, desde que atrelado a uma reforma migratória Foto: Jabin Botsford/Washington Post

Proposta polêmica

A cultura de portar armas de fogo nos Estados Unidos e os esforços para regular esses mercado dividem o país, mesmo com a alta frequência em que ocorrem ataques a tiros que deixam dezenas de vítimas.

Os massacres do fim de semana em El Paso, no Texas, e Dayton, em Ohio, foram o 250º e 251º respectivamente neste ano, segundo dados da ONG Gun Violence Archive, que cataloga os ataques que deixam ao menos quatro vítimas, sejam feridas ou mortas. 

Publicidade

Trump afirmou no domingo, depois dos ataques, que "o ódio não tem lugar (nos EUA)" e apontou doenças mentais dos atiradores como responsáveis pelos ataques, que deixaram ao menos 29 mortos e dezenas de feridos.

"São pessoas que realmente têm doenças mentais muito, muito graves", afirmou o presidente americano. "Temos que parar (esses casos). Isso é algo que está acontecendo há anos", completou.

Em nenhum dos casos, no entanto, a polícia confirmou se os atiradores tinham ou não transtornos. As autoridades federais anunciaram que tratarão o caso no Texas como um ato de terrorismo doméstico. As autoridades de Ohio ainda investigam a motivação do ataque.

Acusações à imprensa

Nesta segunda, Trump também fez uma acusação velada contra os meios de comunicação em relação aos ataques armados do fim de semana. 

"A imprensa tem uma grande responsabilidade com a vida e a segurança do nosso país", tuitou Trump. Em outra mensagem, o presidente escreveu que as notícias falsas contribuíram para a raiva e a ira que se a acumula nos EUA há anos. 

"As coberturas (noticiosas) precisam começar a ser mais justas, equilibradas e imparciais ou esses problemas terríveis só piorarão!", acusou. / AFP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.